Se, por um lado, a recessão global desencoraja grandes investimentos corporativos em sustentabilidade, por outro, ela vem estimulando o interesse pela ecoeficiência entre as empresas. Segundo a pesquisa “Countdown to Copenhagen – Government, Business and the Battle Against the Climate Change” divulgado recentemente pela consultoria The Economist Intelligence Unit (EIU), 73% das empresas adotarão a eficiência energética como alta ou moderada prioridade nos próximos dois anos como forma de cortar custos.
Por outro lado, o estudo, baseada em entrevistas com 528 executivos de grandes companhias do mundo, indica que, para 67% dos entrevistados, o tema da mudança climática deve perder importância na agenda corporativa caso a crise econômica se prolongue.
Apesar de apontar para uma tendência negativa, o EIU destaca, no entanto, que mais da metade (54%) das companhias já adotam algum tipo de estratégia de combate ao aquecimento global, embora acreditem que estejam tratando apenas da eficiência energética.
Além disso, 40% dos entrevistados afirmaram que suas empresas desenvolveram produtos ou serviços que contribuem para reduzir impactos sobre o meio ambiente nos últimos dois anos, ao passo que 30% afirmam que esse tipo de estratégia é de alta prioridade para sua companhia nos próximos anos.
Ainda segundo o estudo, mais da metade das empresas (56%) acreditam que seja necessária a regulação do governo neste setor.
“O estudo mostra que, embora o mundo dos negócios tenha entrado no “modo de sobrevivência”, muitas empresas estão descobrindo os benefícios do corte de custos a curto prazo trazido pela eficiência energética. Uma minoria significativa também está descobrindo oportunidades de negócios de longo prazo relacionados às mudanças climáticas”, afirma no texto da publicação Robin Bew, Diretor Editorial do EIU
Fonte: Último Segundo
