Plano é mais uma tentativa do clube para reestruturação administrativa e financeira.
Mais uma etapa no processo de recuperação do Figueirense foi cumprida nesta semana. O Jurídico do Figueirense apresentou o Plano de Recuperação Judicial à Justiça Catarinense nesta quinta-feira (18), cumprindo o prazo estabelecido após aceitação pelo Juízo do pedido de RJ encaminhado pelo clube em fevereiro.
O Plano é o detalhamento à Justiça de quanto e como o Figueirense pretende pagar sua dívidas com os credores, que incluem ex-funcionários, jogadores, profissionais do futebol em geral, dívidas com outros clubes e prestadores de serviço.
Na proposta alvinegra está previsto um deságio de até 85%, 90% em alguns casos e pagamento em 10 anos.
Confira um trecho do Plano de Recuperação Judicial do Figueirense
Valor do Crédito Trabalhista for superior a 150 (cento e cinquenta) Salários-mínimos. O Credor titular do referido Crédito Trabalhista receberá o saldo excedente conforme detalhado abaixo
— Correção Monetária e Taxa de Juros: TR + 2% (dois por cento) ao ano. A correção monetária irá incidir sobre a parcela de principal e seu pagamento será o resultado acumulado anualmente, sendo calculado a partir do mês subsequente ao da Data de Homologação Judicial do Plano até o mês anterior ao de pagamento conforme fluxo descrito abaixo;
— Deságio: 85% (oitenta e cinco por cento) sobre o valor excedente a 150 (cento e cinquenta) Salários-mínimos;
— Carência: sem carência do principal e juros;
— Condições de pagamento: amortizações anuais, conforme fluxo descrito abaixo, vencendo-se a primeira parcela no mês imediatamente subsequente ao mês da Data de Homologação Judicial do Plano.
Qual a sequência do processo do Plano de Recuperação Judicial do Figueirense
Agora abre uma nova etapa, em que a Justiça vai analisar o plano de Recuperação Judicial apresentado pelo Figueirense abrindo prazo para contestações do próprio plano, de valores ou até habilitação de novos credores.
Depois disso que o Plano de RJ pode ir para a Assembleia de Credores para aprovação ou não. O que pode demorar ainda um semestre.
Por outro lado, o que posso afirmar é que o plano não agradou boa parte dos credores, principalmente pela questão do deságio. Alguns já mobilizam advogados para tentar a rejeição.
Fonte: NSC Total