Justiça decreta falência da mineradora de manganês Buritirama, a pedido da holandesa C. Steinweg

A Buritirama Mineração, empresa de produção de manganês do empresário João Araújo na região de Marabá (PA), teve nesta terça-feira (11) a falência decretada pelo juiz de direito da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O pedido de falência da empresa foi feito no fim de julho do ano passado pela companhia holandesa de prestação de serviços C. Steinweg Handelsveen (Latin America) devido à inadimplência de dívida de US$ 5,075 milhões, o correspondente a valor atualizado de R$ 27,242 milhões, conforme o documento da Justiça.

Ainda cabem recursos judiciais por parte da Buritirama. Foi fixado o termo legal de 90 dias contados do requerimento inicial ou do protesto.

A Buritirama, sediada em São Paulo, é a maior mineradora de extração de manganês do país, com operações na região de Marabá (PA). A companhia exporta a maior parte para diversos mercados, principalmente a China.

A Steinweg é uma companhia holandesa com atividade de navegação marítima.

Desde 2021, a mineradora trava uma disputa judicial com alguns bancos credores, principalmente o Santander, por dívidas que superam R$ 1 bilhão. Segundo informações, a empresa continua com suas operações normais na região de Marabá, mantendo 3,5 mil empregos diretos e indiretos.

Procurada, a Buritirama informou que não se manifestaria sobre o caso, pois ainda não foi notificada da decisão do juiz.

O advogado da C. Steinweg, Ricardo Martins Amorim, sócio do CSA Advogados, foi procurado para comentar a decisão, mas não retornou as ligações.

Fonte: Valor Econômico

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